domingo, 13 de junho de 2010

um cachorro preto faminto preso
latia, se debatia, e rosnava.
apenas um metro depois da sua corrente esticada,
parado sereno livre, havia um gato
que tranquilo profundo virou o pescoço e me olhou
(   )
por um instante eu fui o gato me olhando
com sete vidas pela frente
de um jeito invasivo alheio indecente
só me olhava, me olhava
e não via nada
não via nada.

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