sábado, 25 de fevereiro de 2017

eu achei que era outra coisa uma coisa linda uma ciranda mas estavam todos correndo em voltas com suas estacas sentindo o cheiro de um novo sentimento, ilícito, não diziam, mas faziam, suas danças pra disfarçadamente fincarem uma por uma estacas que cercassem o novo sentimento. riam por antecipação e era ilusão. era um sítio elétrico, era meu sono desalinhado com o novo sentimento, eram os tambores silenciosos no meu peito e os soldadinhos se enfiando pelas frestas da janela pelo vão da porta, não podia ser! eles farejam de longe e se comunicam sem eu ver , corre bebê! corre com seu sentimento! mas o que pode ser? eu só saberei depois que se desenvolver, tem que ter paciência com seu crescimento... mas vocês não tão vendo o corre que é isso aqui? eles fazem de tudo pra me tirar do sério! ou são sanguessugas ou só querem ver o oco. olha aqui, o oco, fala seu veneno e escuta o eco vir de troco. eu ja vivi o fim do mundo em sonhos e eu vou deitar de conchinha embaixo da tsunami dessa vez quando eu acordar só restarão ruínas de sal, uma pérola pendurada no meu pescoço e um caranguejo.
eu acabei de descobrir uma nova parte do meu corpo, é você. assim como eu nunca pisei em araçuaí. ou como quando eu sussurrei meu ais pra terra alguma coisa me respondeu em espanhol. coço. faço convites. como eu sou crescida! como eu sou grandinha! e sou só uma folha nova no topo de uma figueira infinita. e aqui eu nunca tinha perfurado, aqui eu nunca tinha lambido. ou só tinha esquecido. porque eu sou todas as coisas assim como sou você e o cosmos. repito antes de dormir. vasta. plena. e cansada. coração flácido. uma raiz lá embaixo com um sinal bem fraco, se cai a internet agora eu te perco pra sempre. eu quero que a agua de rosas das minhas veias chegue a refrescar também seu rosto amanhã de manhã, pra te encher de ti e consequentemente de mim.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

eu não posso passar o resto da vida na retaguarda!
mas já passou o tempo de escrever isso, é uma memória antiga
mas por que veio? eu não posso voltar pra retaguarda!!
é mais uma vez hora de se reinventar
os pontos finais que almejava há três anos atrás
cá estão eles, eu não podia ter esquecido
olha aqui eles estão aqui
respiração
descansar e não voltar pra retaguarda
descansar e com as garras na areia
arranhar a partida
fazer do amor uma pista
de pouso de dança de alta velocidade de mão múltipla
sempre foi assim
devo continuar com tudo que brilha lindo dentro do meu olho
nunca nunca nunca pedir pra deixar de enxergar
nunca voltar a pensar nas distrações das coisas lindas como sendo chão como sendo terra
como se eu tivesse fora da terra
eu sou a terra
eu sou flecha
e terra e sim muita água muita água e ventania
eu tenho em mim tudo que é preciso pra muito mais
eu posso não ter fogo mas eu fervo eu fervo se eu me mover bastante rápido
todas as minhas células se eu atingir a frequência
se eu quiser aumentar a frequencia se eu quiser diminuir a frequencia
eu não sou sozinha eu me espalho
eu posso fazer eu faço brotar chover
amor
é um caminho
é guerra
eu posso fazer guerra sem fogo eu posso caminhar por cima dos destroços
sem remorço
eu posso me juntar com o fogo eu posso fazer esse quarto pegar fogo junto com você
eu posso mergulhar na água negra eu posso tremer de medo eu posso trazer do fundo
a pérola de afeto eu acredito derrubar monumentos soprar forte derrubar tudo roçar o esqueleto
os pensamentos já viraram fazem conchinha no ar parado dessa noite amaldiçoada
eu voltei eu voltei estou pronta pra nascer de novo
são especialidades vagalumes de um verão longínquo não é nada meu
sou eu a luz da lua a brisa do mar chega chega de negar
chega de me apaixonar por vampiros eu sou uma caçadora

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

eu acho que transei com jeff buckley
eu encontrei meu jeff buckley
só que eu não era mais uma garotinha que nem mesmo se conhecia atuando como um garotinho assustado que fingia não ser,
hoje eu sou o rio.
e jeff buckley se perdeu.
eu carrego comigo a tristeza, mas não deixo de fluir.

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

estou meio exausta como eu vou negar? esse liquido esguichando do meu corpobarragem todo rachado como se eu fosse um filtro de barro dançando forró nesse salão todo lotado mas ta todo mundo suado! mas é garota, as pessoas viram o escorrego e olha ela toda palhacita segurando essas plantas na cabeça duas horas seguidas de quedas nas passarelas no youtube comendo um bolo de aniversário com a mão eu não sou só um filtro de barro eu sou uma partícula de mutação nesse universo de universos enquanto a cerveja atravessava meus chakras e esse liquido jorrava por entre as células eu tentava dizer alguma coisa com os olhos cadê esse gato com a minha lingua? é garota, parece que alguém filmou e publicou seu escorrego eu não to nem aí, eles nem sabem da fundura que eu já caí jajajajaja mas olha eu sei lidar com a minha bosta querida eu me lambuzo inteira eu estou exausta não vou negar mas eu tenho um jardim e eu não quero nem soar romântica digamos que o amor faz coisas simples como o fogo pode ser na voz da marina de manhã ou qualquer hora que acordar de ressaca mas sim, corações a mil exaaausta é muito difícil me defender dos juris porque eu não sei a língua deles apesar de falar tão bem eu estava tentando dizer alguma coisa com os olhos e tantas vezes eu apertei eles forte só mergulhei nos cabelos das minhas amigas enquanto ondas de flechas faziam pororoca no céu chovia mel chovia sangue aparecia uma coruja e falava inveja aparecia um pombo e dizia beija aqui minha ferida aparecia de novo essa mesa essas garrafas essas risadas e tá um tesãozinho mesmo eu não vou negar eu não vou negar nada vem vem com tudo pra sempre eu já explodi minha barragem não tem mais o que você quebrar aqui só tem movimento passagem pode passar. tão solita tão crowdiada tão exausta tão sangue nuzoi.

quarta-feira, 11 de maio de 2016

canto manto I - pra curar amigo que se perdeu na embriaguez de uma noite

minha circulação circula junto com a dele e com o vento

canto manto II - para inflamaçaões internas

tudo que dentro da minha carne queira me machucar
se desintegrará se autoconsumirá
sem que respingos de dor venham me bater
sem que pela dor do outro eu tenha que me doer

domingo, 8 de maio de 2016

eu não tenho nada pra falar pra eles. eu não tenho que dar nenhuma satisfação da minha experiência. eu não tenho que fornecer informações da minha expedição. eu não quero ganhar essa medalha. as épocas são outras eu sei, tanta coisa acontece lá dentro, mas porque essa tontura? porque essa sensação de que meu corpo se redobra três séculos a cada palavra que eu escrevo? me diz mãe que isso não é um suicídio social, diz que eu não vou ter que andar por aí agora como zumbi. diz mãe que eu não vou ter que comer a carne deles pra sobreviver só por causa desse ímpeto de renegar, dessa ânsia voraz de criar minha própria outra coisa. eu não vou me esconder nunca mais, mas se eu cansar de fugir? se um dia eu cansar de fugir mãe? parece um pesadelo, parece que eles vão me cobrar esse papel daqui há dez anos e eu vou cuspir no chão e levar um murro. e eu só queria mãe saber no que que dá misturar esse manjericão aqui, ou se eu deixar essas pedras aqui onde pega o sol nas tardes de maio ou se eu ficar uma tarde inteira gritando com os passarinhos no jardim. e eu acho que nem disso eles merecem saber. eles não querem nem me fuder. me diz que pelo menos você, quando eu tiver fugido pra outra galáxia, vai reservar um tempo pra conversar com uma estrela.

domingo, 22 de novembro de 2015

eu quero me livrar desse carma histórico
eu não vou me casar com o provedor
não vou trabalhar para os castelos
eu não vou usar meus braços e pernas
eu não vou usar meu rosto quadro
e minha voz sereia não vai enfeitiçar seu querer
minha imagem diluída do que querem ver
eu vou passar que nem o vento
eu vou me vingar por entre
eu vou me espalhar me regenerar
eu vou contar pras minhas amigas
nós vamos juntas correr as estradas do passado e do futuro
trazer as cinzas levar as ruínas trazer o sangue levar o verde
no peito a gente vai bagunçar o tempo
eu não estou aqui para cumprir papéis
eu não estou aqui num tabuleiro de xadrez
eu quero pisar dentro do chão dançar minha solidão pra fora daqui
com as minhas amigas com as plantinhas com nossas armas
dar a resposta histórica no altar retumbar um não secular
catastróficas monstras com sangue no olhar quando vierem tentar calar
a gente vai gargalhar a gente vai gargalhar a gente vai gargalhar


domingo, 25 de outubro de 2015

eu vem do interior
caminham de mãos dadas
as ciganas carregando suas coisas
cantam e riem e celebram suas coisas
caminhando a estrada árida
até o horizonte que é a pele

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

manu
esses seus dedos lindos
essas veias latinas
la fora tantos latidos
foram quantas latinhas?
esse sorriso sensual
em frente à explosão
enfrenta a urbanização
dos nossos sentimentos
foram tantos movimentos
e como a gente se encontra
e como se conhece ainda tão pouco
eu sempre acho é pouco
deixa eu te morder deixa eu te morder
você tem gosto de côco
eu vou insistir pra você ficar
mas se não eu vou gostar de olhar
você indo embora
ainda tem tanta pisada
tanto pra gente brilhar
esses seus dedos tão lindos
essas veias latinas
pulsando junto com as minhas


quarta-feira, 23 de setembro de 2015

a pressão na corda oscilava dois centimetros pra ca dois centimetros pra la e jorrava algo como água ou areia na peneira nenhuma perola mas as dunas no deserto são incriveis nao são eu tava no contrafluxo me avistei mas eu sou miope sabe o que eu quero o que diabos voce quer tão velha tão cheia de curiosidade você não nasceu no mangue queridinha sim sim eu nasci pulando um muro e seguindo a trilhacom os cachorros se chega na ruína da casa da velha branca onde se serve uma comida amarela para todos em igual quantidade mas isso faz séculos queridinha sim mas maria tem só seis e ainda está aprendendo a nadar a água escura dá medo mas tudo que ela queria era pular isso faz meses mas na minha cama as coisas todas se misturam e eu não iria te dizer nada com clareza suave peste negra tundun tundundundundun tundun tundundundun eles querem te ver queridinha arrasando no twerk mas eu ja fiz isso ontem hoje eu quero brincar de fumaça você me coloca na boca me sopra e passa os dedos em mim como água ou areia numa peneira mas devolva meu colar de pérolas! são tantas lembranças na minha cama e ela parece tão limpa e arrumada aí quando a onda quebra eu te vejo eu coloquei seus olhos numa caixa de luz e fiz o perfume dos meus sonhos meia noite a diva deita no divã e pede conselhos pra madame satã faz teu corre teu amuleto os encontros deixa que venham

domingo, 20 de setembro de 2015

de repente a cobra desentendeu o chão tinha um rapazinho no meu quarto de uns 3 centímetros ele dizia coisas agudas demais eu pensei em beijos eu lambi mas levei um choque eu tentei dançar mas pareceu um insulto eu arranquei as paredes corri pra fora das ruas eu to tentando eu to tentando eu gritei pro céu mas não houveram raios tudo bem então não vai chover comi um prato inteiro de terra e tive uma ressaca horrível será que eu posso sentar aqui um minuto e relaxar? essas coisas hoje em dia se pede em reza e nessas confusões talvez ela se dê asa porque realmente ninguém mais daria...

terça-feira, 11 de agosto de 2015

"foge, eu sou louca"
ele disse

eu só queria te ver
e ainda quero
adoro uma loucura
amo um mistério
vamo arrancar e arremessar
nossos corações
guardo o meu ódio
pras grandes corporações

não se engana, boy
eu sei que dói
mas a gente sabe que essa coisa
de ser louca não existe não existe
eu to na beira do caos boy
eu to na beira do caos
vem ver a lua nascendo daqui
a gente sente que não precisa fugir.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

loba no seu cheiro de jabuticaba bebendo jesus cristo na calçada
me falou coisas miúdas muitas delas florzinhas pontudas
que se enraízam atrás do olho e quando a gente coloca a cabeça atrás das pernas
pode ver o ciclope fabricando seus artifícios cheio de manha
dança forte sacode pra fora a casca da banana ou era o seu vestido loba manga rasgada fora de época a ultima do galho não caiu somos nós no seu caroço eu sinto bem quentinho o rio avesso ao que passa
em frente sua casa onde eu me sinto minha onde é bom te ver vivendo onde fora a gente faz nossos paraísos paralelos
volto no tempo e criancinha fabrico um perfume de rosas só pra te trazer de volta ao que ainda virá,

quinta-feira, 9 de abril de 2015

começou a chuva ainda bem que tinha me adiantado na feitura dos raios é andei praticando to guardando no meu quarto dizem por aí que eu durmo demais mas eu nunca durmo um olho tá sempre de olho em você mesmo que semi cerrado de canto revirado foi você quem deixou seu esperma em mim eu não pedi essa transfusão e você tem muito o que se transformar ainda xuxu mas com minhas amigas você não vai repetir essa cena não vai mesmo você nem imagina que eu to tranquila no meu quarto tentando te fazer parar de sugar sangue por aí eu leio seus pensamentos eu nem quero mas eu sei de todos eles e talvez seja isso que tenha me deixado tão baixa frequência e eu ando querendo retomar minha potência sabe foram tantas encarnações pra isso? te acho tão fofo brincando com as crianças mas aí você me vem com uma dessas, atirando pro alto e esperando as balas de boca aberta ai que ceninha ai que ceninha faça o que quiser querido nada é maior do que o desconhecido só saiba que se mexer com minhas amigas você vai lidar com gigantes! gigantes! gigantes! eu sei que é tudo uma inconsciência como se saísse me debatendo entre os corredores e minha busca insaciável por sexo tem pouco a ver com você mas se reverte na sua solidão, não foi feitiço meu, foi você quem secou o aquário seu sanguesuguinha milimétrico, acharam que isso seu era uma calda de sereia mas é o casulo que você não conseguiu desapegar preso no seu médio corpo e vou te dizer já ta fedendo viu eu tenho raios pra sua noite eles não vão te machucar mas eles são claros avisos - eu to bem - minha amiga está bebendo um café - assistimos um filme ótimo - você vai ter que conviver com as decisões de merda que tomou.


quinta-feira, 26 de março de 2015

eu pedi pra me apaixonar e abri os olhos deitada na vitória régia do seu quintal
a gente soprou fumaça no bambuzal e brindou nossos velhos orgasmos
a gente riu de si mesmo como bons fantasmas
desejamos boa noite e seguimos pelas pedras do dia
colo o copo de cerveja no ouvido e escuto sua voz
nós nunca fomos de lugar nenhum e nunca fomos só dois
o tempo passou mas ele perdeu
nós estamos espalhadas e misturadas à escuridão de mais uma noite
chove do céu nossa saliva virtual e a ninguém interessa
a percussão dos pingos na janela iluminada
eu estou apaixonada
consigo dormir tranquila e profunda e avessa

segunda-feira, 2 de março de 2015

há um abismo entre nós eu bêbada pulo e caio num emaranhado de galhos secos que germinam em minha pele uma raiz roxa que me ergue dois céus acima do nosso olhar desencontrado estou salva e nada sã mas nas espumas de cura das nuvens eu cheiro o cheiro do longe e durmo acordada outros lances suspenses ave que perguntando porquê continua voando desvairada até duvidar da dúvida até já

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

dedos entrelaçados caminhos abertos
não espero nada em troca não espero sociabilidades eu quero uma palavra lava um fogo líquido do inferno e nem sinal de paraíso nenhum arrependimento riso sem sorriso uma incógnita parabólica dos cheiros e texturas dos rios e das matas que me golpeiam por entremeios enquanto minhas mãos dançam no vento continuo sem ritmo há uma música não industrial se fazendo em mim que talvez nem mesmo seja há um fluxo perceptível e outros não, não me cobro não me cobre me cobra veneno no copo viro três quatro quero outro caminho não posso surge um completamente outro ser vivo que carrega minha carcaça na caçamba coco frevo maracatu samba eu não danço a tradição eu transo com ela uma escavação até o céu eu vou passar ilesa pelos teus ralos teus poros tuas lanternas não me iluminam nos cemitérios na beira da estrada passo meus dedos pela paisagem gozo uma nuvem o tempo é duro eu sou mole manhosa e não quero ninguém toda coberta em lama do mangue eu deito em seus lençóis e sonho terriveis sonhos maravilhosos até que todos esses pensamentos virem outros

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

eu sou a água do mar transposta no esgoto eu sou o que todo mundo vê quando ninguém pode ser visto eu sou nojento eu sou uma fera selvírica lixando minhas garras nas paredes desse banheiro público assino meu nome com veneno e lambo caço as partes minhas que me foram separadas desde antes de nascer EU SOU VICIADA EM PRAZER viciada em prazer (viciada? em prazer? prazer?) eu sou viciado em me sentir bem viciado em querer bem viciada em gozo e eu transformo tudo em gozo eu transformo a sua violência em prazer jajajaja a sua indiferença em prazer a sua inexperiência em prazer, a sua ofensa o  seu  gozo no  meu  gozo,  meu  prazer jajajaja
quando você acorda eu já peguei quatro linhas de ônibus diferentes, incontáveis correntezas de ventos que sopraram a saudade mais pra frente tem outro pico onde eu me desembolo eu arrumo um jeito de pagar por outro prazer eles querem dinheiro, querem meu rabo, um trago, um olhar de lado, meu salto, querem minha voz, suave, minha magia, um tapa, meu gozo, meu prazer eeeeeu sou a montanha extraterrestre quando de noite eu to sozinha quando ninguém cobra eu me preencho inteira em tranquilidade nenhuma culpa nenhum remorso só ardência ardência dissolvida em dormência eu caminhei tanto por aí às vezes eu sonho com vidas passadas e quando eu acordo já é uma nova pantera hoje grito camuflado com as cigarras eu paro pra observar a água longamente observo parece certo parece calmo pareço insegura tem gente rindo perto eu cuspo no chão eu desapareço eu vou pro lugar fácil do meu vício o que você quer? eu vou vou mesmo eu faço eu faço você fazer eu fazer eu posso até morrer de prazer de querer mas é só um hobby eu ainda tenho muitas amigas que vão me ajudar a rir lembrar algo que possivelmente esqueço agora porque é tanta coisa tanta coisa no esgoto a gente não tem muita escolha abre a boca e engole o universo e a gente não aceita tudo nem nada a gente se recicla se remonta do seu lixo ele volta meu bem ele volta olha aqui fundo no meu olho eu não preciso sorrir pra você
eu sou a cebola eu sou a ponta eu sou a correria louca

segunda-feira, 17 de novembro de 2014