quarta-feira, 1 de junho de 2011

me parece até providencial a sua ausência, porque, convenhamos, não é nenhum segredo minha tendência a essa loucura enrustida cortante. como assim, né? avisar ao pássaro que na verdade ele não voa, o resto do mundo que é ao contrário! que veneno caótico alucinante pra um sonhador.
e você ao passo que puxa meus pés pro novo chão, sopra ao meu ouvido uma brisa atmosférica que me traz uma sensação nostálgica que me doma e me explode. (e me vicia)
para! pera, volta. não, vai! tem outras opções?
me explica de novo sobre a anarco-anarquia, me insere no vôo subversivo dos pássaros que não voam, em protesto e denúncia a falsa liberdade. quão grave é o conceito de gravidade. diz que me ama com um não-amor. ou não diz nada que eu já entendi com o sopro.
puta merda, como me sinto idiota batendo asas quando você está perto. como seu amor me habilita e me constrange. que bom que você está longe. que bom que ainda está.
e a vontade de corpo que é absurda, que mesmo que você morra...meu deus, que bom que não morreu. eu to ficando mesmo louco. outro dia pensei em sair correndo em você em direção a nós feito um urso em chamas abraçando e queimando o mundo nosso, mas só chorei. não sei se aguento. mas sei dos retornos fatais.
de qualquer modo sempre há assassinatos em cada ato. se aguento querer tanto o que quero e não querer. esquecer do que nasci pra ser e nunca como nunca saber. é a hora da virada. é a chance.
me beija como uma faca.

Um comentário:

beta(m)xreis disse...

beijar como uma faca é uma imagem incrível