segunda-feira, 2 de abril de 2012

mapas são uma ilusão. diariamente ilhas e continentes desaparecem, se reagrupam e inexistem numa ilógica imensurável, nunca se viu nesse ínterim uma montanha sequer levantar. depois eles voltam. ou não. (nunca voltam!). como quando dançávamos e de repente eu estava num solo russo pesadelístico até cair de novo em seu apoio, colo de mãe.
entende que um criolo raspar sua voz no asfalto lamuriando a inexistência de amor em são paulo não o extingue?  é um grito de um momento fugidio (porque vivo.). como uma fotografia. e se se olhar uma pele bem de perto ainda assim não é bastante. e rasgá-la não adianta, talvez nem como metáfora. entende que o amor é uma certa lógica, como um mapa? só conforta, quem navega, mas nos inibe portanto e talvez da experiência brumática do corpo em surpreensão a um outro. ininteligível total mas não absoluto. porque o paralisamos, e com a mutilação do tempo e espaços possíveis, não temos a capacidade de calcular as consequências nem quais.
deixemos de crer com tanta fé em fronteiras limites, repito para mim.
que meu amor é como meu timbre, e ele não crio em partituras.
mas canto, viu! e canto com um gosto!

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