terça-feira, 27 de março de 2012

Pessoa: Pesquisa sobre estilo de liderança e para conhecer o perfil do jovem. :)

Outra Pessoa: mané estilo de liderança! mané short global survey to understand youth! vai contra meus sonhos. beijos.

Pessoa: contra seus sonhos? quais? tá confuso. rs
e sei lá, o que vc entende por estilos de liderança, ou short global survey, e por aí vai? vejo críticas, mas não as entendo bem. do que vc tá falando mesmo?

Outra Pessoa: num te parece uma visão de mundo totalmente ocidentalizada, Pessoa? toda a juventude não assistiu seriados norteamericanos...
a parada pode no final ter um resultado prático até positivo em certo ponto. mas "liderança", que palavra é essa? de onde ela vem? 
quem quer ser líder? ter sucesso? produtividade? eu tenho que ter uma empresa que me inspira? eu não me arrebato na megalomania...
um grupo de jovens bem educados... por favor né? salvar a áfrica... isso não já aconteceu antes? não tenho total conhecimento, mas tenho medo. 
e qual o maior problema na sociedade? a fome? o desemprego? a criminalidade? o abuso sexual? assim isolados?
me convence do contrário... mas na minha cabecinha a aiesec não deixa de brincar de banco imobiliário...
e pregar a diversidade no discurso é muito fácil né... fora o "pequeno" detalhe desse survey dividindo entre gêneros masculino e feminino...
quem entra na aiesec? quem são vocês?
agora pra mim: quem precisa ser (de um) líder?
é isso que me incomoda.

Pessoa: empresa? mil pessoas que passam na AIESEC vão cuidar de ONGs ou fazer quaisquer outras coisas que lhes deem na telha. eu quero ser professor de escola pública. 
mas sim, tem gente interessada em viver em empresas. algumas tentam um ambiente mais interessante no mundo corporativo. acho digno e válido e fantástico.
ocidentalizado? sim. isso não é digno de crítica por si só. 
é uma organização que ainda tem muitas limitações, não haja dúvidas. boto fé é no propósito é muito bacana: agregar jovens que tenham interesse em promover um impacto positivo no mundo. ponto. de todas as regiões, todas as classes sociais, etnias, crenças religiosas, orientações sexuais.
achei MUITO desonesto da sua parte criticar o valor "diversidade", como se fosse só discurso, baseado no ponto da survey sobre divisão de gênero. críticas de cientista social a uma survey como essa são complicadas. etnografar o mundo é meio impossível, então, a gente faz o que pode. a tentativa é de ouvir outras vozes, alcançar pessoas de fora da organização para ter mais conhecimento de causa e mais diversidade de opiniões e alcance. 
porque a gente sabe, quem participou sabe, quem fez os intercâmbios, e etc, que o nosso trabalho é massa, que a gente faz uma diferença bacana em muitos contextos. e não tem MESMO pq a gente se limitar se a gente tá querendo fazer algo bacana.
"quem precisa ser um líder?" ninguém "precisa" nada. desenvolver liderança não significa "ser líder". e "ser líder" significa o que para você? eu acredito em liderança participativa e é o que busco. liderar para mim significa agregar pessoas em torno de ideias, significa também ajudá-las a alcançar os objetivos que elas queiram e o que o grupo se proponha. 
existem líderes variados... caras como Hitler, como Gandhi, como Lula, e por aí vai. um prof que foi massa na sala de aula, o moleque que se juntou com um grupo de gente para fazer um cineclube, o outro que organizou uma passeata, a menina que é representante de sala e organiza na escola uma gincana de arrecadação de alimentos para creches, enfim... 
no mais, "quem são vcs" soa quase pergunta de um paranóico com mania de perseguição, rs. 
vc já me conhece, é meu amigo inclusive, mas para quem quiser me conhecer:
Eu sou Pessoa, cursei ciências sociais, licenciatura, quero mudar o mundo, gosto muito de literatura e música, sou bissexual (ou algo assim, não curto muito rótulos MAS), amo a cidade de Recife, acho que o maior problema do Brasil é educação pública de qualidade, minhas bebidas favoritas são tequila e jack daniel's, fumo marlboro vermelho, e etc.

Outra Pessoa: falei de empresa porque é uma das perguntas desse tal survey. 
ocidentalizado sem reflexão é complicado.
todas as classes socias? talvez eu tenha uma visão limitada, mas aqui em brasília, vcs possuem membros de "classe baixa"? pode ser membro da aiesec sem falar inglês e sem acesso a internet?
foi nisso que eu baseei minha critica à diversidade, o lance da divisão de gênero foi só outro ponto que citei. 
e eu quis lançar essa reflexão quando eu perguntei "quem são vocês", a paranoia foi na sua leitura.
que vcs podem fazer algo bacana, não duvido. falei isso no ultimo comentario também. mas tenho discordancias filosoficas, isso.
e sei bem que existem formas diferentes de liderança, não te chamei de hitler, Pessoa! hahahaha eu tava falando mesmo da palavra, independente de como vcs a adaptaram... ela vem de um lugar, de um contexto, de uma lógica, que é onde me tropeça.

e eu gosto pra caralho de voce! te amo, voce sabe!
mas Pessoa... o que foi esse release pessoal? hahahahahahaha
ok...nao quero te reprimir... foi brincs. rs

Pessoa: ‎"ocidentalizado sem reflexão é complicado". Outra pessoa, o buraco é bem mais embaixo. pegue as nossas caras questões de gênero e reflita... elas não são eminentemente ocidentalizadas? 
a AIESEC não tem uma proposta de ocidentalização do mundo. a proposta é que os diferentes convivam em suas diferenças. beijão.
sobre as questões que vc ponderou sobre classe social, elas fazem todo o sentido. é uma reflexão que não só eu, mas muitos de nós, se pegam fazendo sempre. o mundo não é perfeito, bem sabemos. a questão do inglês é pelo fato de ser uma plataforma internacional, lucas. nós não temos condições financeiras de traduzir tudo para todos as línguas. lembrando que somos trabalhadores voluntários, e não uma megaconspiração capitalista. 
não sei se possuímos membros de classe baixa: não aplicamos questionário socieconômico. mas vou te dizer que nosso mundo não se restringe à plano-piloto-classe-média-filho-de-papai não. e também é algo que refletimos sobre: se queremos alcançar diversidade de fato, precisamos achar meios de agregar essas pessoas. estamos inclusive procurando financiamentos e etc. lembrando que, geralmente, quem pode fazer trabalho voluntário é quem tem grana para "pagar" para trabalhar. 
e quem somos nós? porra. 65 mil pessoas no mundo inteiro. de todos os continentes. acho que a gente é uma galera bacana que tem muito potencial. em momento algum falei que somos lindos cheirosos perfeitos. as pedras tão na sua mão, como sempre. não é novidade isso. discordâncias filosóficas podem ser tratadas de forma mais pacífica: tanto eu como você sabemos isso. não foi lá bem a sua postura, como geralmente não é. 
não achei que vc me chamou de Hitler. sussa quanto a isso. que a lógica a respeito da ideia de liderança te faça tropeçar, beleza. acho que sua ideia de liderança é muito limitada, amigo. de verdade. pq existem MIL moldes de liderança, e liderança também é o que fazem coletivos de arte da cidade quando tomam à frente e se propõe a expandir para fora do plano piloto. 
não só podemos fazer algo bacana, como já fazemos. e continuaremos, boto fé. :)
e no mais, obviamente, o amor entre eu e você permanece. bjs
e por fim: você fala só baseado nos seus preconceitos. é triste, mas é verdade.

Outra Pessoa:  ah, acredito que o buraco é sempre mais embaixo...
a respeito das "nossas caras questões de gênero", por exemplo,
são ocidentalizadas/ocidentais e eu acredito em intervenções e luto aqui/daqui/praqui,
como pessoa(?) e antropólogo(?) é onde me sinto legítimo e onde me firo (pensando ainda que mesmo esse 'aqui' é relativo e existem fronteiras mais sutis...)

eu não joguei pedras, Pessoa. falei dos meus incômodos e medos, inclusive, e expressei minha opinião, e de forma honesta sim, do meu ponto de vista. que claramente não se encaixa com o seu.
não falei pra você sair da aiesec, nem que quem leia essa discussão abomine a aiesec e nem que vocês parem já com isso! eu lancei questionamentos, e tentei deixar claro que não tinha total conhecimento sobre o assunto... mas total né..quem tem?
propostas bacanas vocês tem.
impacto social positivo a igreja católica também tem e nem por isso vou escrever nenhum texto a exaltando, é a minha limitação por exemplo. desgosto mesmo, porém não vou falar aqui que é um lixo. não falei.
pra mim é novidade você achar que eu não tenho uma postura pacifica na maioria das vezes... mas isso acho que a gente nao discute aqui. rs

o coletivo do qual faço parte pode em diversas leituras atuar em algum tipo de liderança, mas não é nossa proposta. é a de vocês. o não funcionamento se pá de um ideal colaborativo e horizontal e integrado acho que é uma coisa que pipoca a cabecinha de uma galera do coletivo, não todos.
e pô... falar que o que digo é baseado SÓ em preconceitos acho sacanagem.. ainda mais completando com um 'é verdade ponto'.
e legal que você reflete sobre o acesso de pessoas com menos privilégios do que a maioria, se você acredita no projeto podia ser umas algum plano de integraçao, cursos/oficinas sei lá... já existe? tem a ver?


Pessoa:  liderança pode ser colaborativa e horizontal também. liderar não significa posição de mando. liderança, na minha acepção, e na acepção da AIESEC, é um termo muito mais amplo do que a maneira que vc o encara.

sobre forma de se expressar, eu disse forma "mais" pacífica. do tipo: querer saber mais sobre como é do que apontar o dedo. entende? não falei que é baseado "SÓ" em preconceitos, falei que é baseado em preconceitos. 

e foi mal pelo "é verdade ponto". foi zela. peço desculpas. foi força de expressão de um Pessoa tosco.

não acho que vc precisa amar, aplaudir, e etc. sua opinião é sua, obviamente. tem quem goste de verde, tem quem não goste, lalalalá e por aí vai. só que a maneira como vc coloca as coisas não vai muito por aí: vc fez críticas sobre nossa atuação e sobre nossa visão organizacional, disse que somos incoerentes, enfim. acho que não tô viajando nisso. e comparação com a Igreja Católica, levando em conta quanta grana eles têm concentrada no Vaticano, é mais uma complicada... foi a intenção ou é só um exemplo?

sobre a sugestão de cursos/oficinas etc, é umas, e isso é feito nos projetos que a gente roda, trazendo intercambistas. estamos também tentando rodar um projeto que envolva escolas públicas nisso. a maior dificuldade é agregar essas pessoas para que elas também façam intercâmbio ou que trabalhem conosco dentro do comitê local.


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