terça-feira, 22 de outubro de 2013

chama-me do nome que convir
tanto faz e nada feito.
"nós somos 98% metáfora" quer dizer, eu quero dizer que eu quero dizer algo que não seja perpetuação. ou nada ou tudo é sagrado. inclusive meu esforço diário de catar pontas e frequentemente não acho nenhuma mas eu acredito na lombra acumulada. mesmo não acreditando em linhas retas, assim, porque acho às vezes divertido me achar torta. só enquanto não perco todas as minhas referências em troca às vezes de um sonho ou uma conversa com uma coruja sobre carrapatos e abusos e poemas de carne sem tempo Irresponsabilidade minha? deserção número contínuo. qual dos lados do desejo? maré. quando meu corpo não esteve envolto em fumaça nos últimos anos? já nem sei quando deixou ou passou a ser. mas a possibilidade das pontas dos dedos douradas de amor queimado mais muito mais me excitam agora e eu tenho séculos pra me vingar.

Um comentário:

beta(m)xreis disse...

uau!

destaque para... "deserção número contínuo."