segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

ar...
...
me infiltrar
em você selvagem esparso
num espaço coeso
você voa porque não tem peso
aos meus olhos virgens
é você ar. é você, ar.
a infinitude inevitável do ser
é assim o retrato que faço de você
explícito, querido, já te explico:
há sangue em tudo que ri
ainda em quem ri assim, como um bebê
e é sangue, querido
sangue que eu quero beber
por isso me infiltrar em você
pra ter em mim o que é tátil
do abstrato
pra misturar no meu infinito
pra chocar o que é lindo
pra parar ar
e não esquecer
que preciso de você pra voar
não pra viver.

(enxe meus pulmões e se expulsa de mim,
seu lindo.)

Um comentário:

beta(m)xreis disse...

puta que pariu...

muito foda.