quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Caro,
não trago nenhuma surpresa. mas é bom que esteja dito e expresso aqui assim, penso eu:
vou embora.
todas as intriguinhas e richas camufladas na sociabilidade e educação diárias, não são a causa, são sintomas. de algo que já vem se construindo faz tempo. não comigo e com você, é algo histórico, caro, totalmente (im)pessoal. é impensável de infinito. sério, quando paro pra pensar me dá náuseas... enfim, esse gigante abstrato(mas concreto e bruto quando algum dia derrepente te esmurra) é o que, segundo minhas análises, me deixa assim: impotente.
completamente impotente. e eu olho pra trás, pra minha vida inteira e tudo que eu fiz pelo contrário disso que agora me acompanha em constância e sinceramente acho que se não estivesse aqui há tanto tempo ainda me restariam bem mais cabelos. olho pra sua cara e... vou te dizer, que outro dia quando precisei te mandar a merda, minha voz falhou. e de que ia adiantar não é mesmo? seria mesmo pra cuspir em alguém a raiva da minha própria degradação. mas todos tem seus altos e baixos não é mesmo? não posso nem mais me dar ao luxo de evitar clichês. porém, esse não é meu fim.
cansei dessa canjinha sabe? só engulo agora coisas que eu possa mastigar. abre o olho! seus dentes estão caindo, caro.
esse prédio inteiro é uma piada, tristíssima. fantasmas do passado toscos enfeitados com a última moda.
será que você entende meu sufocamento? e eu compactuo com isso! olha só! não posso mais. nunca mais.
grita lá em cima pra eles mandarem um ofício lá pra cima avisando que fudeu. que perderam.
repassa pra secretária e pro preto do cafézinho que
o funcionário do sétimo andar se mandou e disse que só volta com o cão no corpo mordendo principalmente deus e o mundo.

bom almoço,

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