quinta-feira, 29 de setembro de 2011

enquanto facas e navalhas
são só imagens e palavras
depois da anestesia
sempre estarei, pra você,
num campo de desconcentração
e tanto terá medo que me odiará
lançará mísseis de desprezo
e sentirá dor ao rolar na cama
porque eu fora?
o sangue derramado foi meu, bem
porque chora?
se não por mim... tudo bem.
têm fracassado frequentemente
em me anular de mim
o sofrimento todo eu sei
sabe onde aperta quem calça o sapato
mas te toca a estética
couro lustrado
porque ignora?
o boi, rapaz, o boi
toca aqui sente só
a quentura o falo
o buraco é mais embaixo e eu
não abro mão da frida kahlo

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